terça-feira, 19 de outubro de 2010

dos sonhos

Como estou sempre atrasada e apressada, mesmo quando não estou fazendo nada, costumo deixar este correio sempre para depois. "Para um dia em que estiver com mais tempo. Para um dia em que estiver mais inspirada. Para um dia em que tenha vontade de escrever sobre alguma coisa." Não é o caso. Nunca é.
Não consigo voltar para casa. Não consigo passar a noite olhando as paredes sujas, aquele sofá velho que não reconheço mais como meu, a cama e as estantes sempre em desordem. Hoje sonhei que havia um homem morto na banheira. Estava em um quarto de hotel, em uma cidade estranha, e tinha medo de partir. Era um homem qualquer. Um homem indefinido. Que eu não me lembrava de ter conhecido, nem me lembrava de ter ferido. Mas jazia morto, no quarto, e não me deixava ir embora.