O sol sumiu para não atrapalhar a quarta-feira de cinzas. E eu pensei e arrisquei algumas canções na vitrola antes de partir para o batente, mas acho que a música do dia só poderia ser "Sonho de um Carnaval"
"Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade
No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança"
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
carnaval, desengano
Depois da manhã encastelada na masmorra, tarde de compras com ela, que só falava em vestidos, vestidos, vestidos. Daí, o aniversário no Jóquei e eu não imaginava que pudesse ficar tão bonito o anoitecer assim, com verde e cavalos emoldurados pelos prédios imensos, as luzes da cidade. Acho que não posso dizer mais nada sem cair em um ridículo atroz.
Ontem, não me lembrei de escutar a música. Mas, hoje, distraída, coloquei um disco antes de sair para o trabalho e apareceu a tal "Manhã de Carnaval".
Ontem, não me lembrei de escutar a música. Mas, hoje, distraída, coloquei um disco antes de sair para o trabalho e apareceu a tal "Manhã de Carnaval".
sábado, 21 de fevereiro de 2009
manhã de carnaval
Enfim, deve ser cansaço. E muita vontade de ver o mar.
O carnaval nunca quis dizer nada, não me traz nenhuma lembrança, mas não deixa de ser bonito dizer "quarta-feira de cinzas". De cinzas.
Mesmo sem ter visto nenhum desfile vou ligar a televisão na tarde de quarta para ouvir a apuração e esperar que a Mangueira seja campeã. Porque é bom ter alguma coisa que se repita ao longo dos anos, um ritual qualquer, por mais prosaico e inútil que pareça se apegar a algo assim, tão sem importância.
Acho que faz sol lá fora. Livros e jornais velhos se amontoam nessa mesa triste de escritório. E assim deve seguir o feriado. Quero ouvir "Manhã de Carnaval", do Antônio Maria, antes de o dia acabar.
O carnaval nunca quis dizer nada, não me traz nenhuma lembrança, mas não deixa de ser bonito dizer "quarta-feira de cinzas". De cinzas.
Mesmo sem ter visto nenhum desfile vou ligar a televisão na tarde de quarta para ouvir a apuração e esperar que a Mangueira seja campeã. Porque é bom ter alguma coisa que se repita ao longo dos anos, um ritual qualquer, por mais prosaico e inútil que pareça se apegar a algo assim, tão sem importância.
Acho que faz sol lá fora. Livros e jornais velhos se amontoam nessa mesa triste de escritório. E assim deve seguir o feriado. Quero ouvir "Manhã de Carnaval", do Antônio Maria, antes de o dia acabar.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
canção do dia
Assim como nas festas de Revéillon, quando costumamos eleger uma primeira música para o novo ano, dei para escolher a primeira canção do dia, um mote para as manhãs, uma inspiração qualquer, algo que possa se impregnar às horas que estão por vir, todas trancadas nessa sala sem janelas, sem sol.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
mais romance
Tendo a confiar na memória, a crer que algo vai restar, que saberei guardar ao menos uma parte de todas as palavras e frases, de todas as passagens nas quais tive o ímpeto de parar e prossegui, sem marcar as páginas dobrando-lhe os cantos (como gosto de fazer para o horror dos mais cuidadosos), sem usar a caneta ( para o horror de quase todos aqueles que se deparam com os meus livros riscados).
No mais, da leitura da madrugada só ficou uma sentença, uma meia sentença, e é melhor escrevê-la antes que escape também.
"E há que preencher aquele vazio que aumenta segundo a segundo, com alguma coisa, qualquer coisa _mas estamos despreparados para o vazio".
No mais, da leitura da madrugada só ficou uma sentença, uma meia sentença, e é melhor escrevê-la antes que escape também.
"E há que preencher aquele vazio que aumenta segundo a segundo, com alguma coisa, qualquer coisa _mas estamos despreparados para o vazio".
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
romance
Foi rápido. Ainda que os dias tenham passado sem que fosse possível dar por conta, ainda que o tempo pareça cada vez mais e mais ligeiro, o livro se impôs, seguiu sem atropelos até a centésima página e despertou o ímpeto, um sem número de vezes, de guardar certas frases, de reler passagens para tê-las na memória.
"Nada do que não foi poderia ter sido". Ele escreveu.
"Nada do que não foi poderia ter sido". Ele escreveu.
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