quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

mais romance

Tendo a confiar na memória, a crer que algo vai restar, que saberei guardar ao menos uma parte de todas as palavras e frases, de todas as passagens nas quais tive o ímpeto de parar e prossegui, sem marcar as páginas dobrando-lhe os cantos (como gosto de fazer para o horror dos mais cuidadosos), sem usar a caneta ( para o horror de quase todos aqueles que se deparam com os meus livros riscados).
No mais, da leitura da madrugada só ficou uma sentença, uma meia sentença, e é melhor escrevê-la antes que escape também.
"E há que preencher aquele vazio que aumenta segundo a segundo, com alguma coisa, qualquer coisa _mas estamos despreparados para o vazio".

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