Reverenciada, a sabedoria popular de fato não falha. Em muitos casos, porém, há que se saber decodificar os seus sinais. Nem sempre a voz do populacho deve ser tomada em seu sentido literal. Não, estimados leitores. Outra manhã, tive um exemplo bastante elucidativo ao caminhar em trajes pouco recatados pela avenida São João. Entre apupos e gritos primais, fui saudada por toda sorte de trabalhadores braçais com sinais ininteligíveis e a pergunta: Do you speak english? Hablas francês? (essa foi a minha preferida).
Pois bem, o episódio deu-me a certeza de que preciso tomar um pouco de sol, pelo menos nas pernas, e começar um severo e rigoroso regime. Cair no gosto dos populares, sabidos apreciadores da fartura, é indício inequívoco de que suas carnes andam bem mais abundantes do que o recomendável.
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Um comentário:
Ah, minha filha, eu, que sou acometida desse mal da chamada fartura escandalosamente mais do que você (claro que não causando tanto impacto nos transeuntes), lhe digo: trocas um bombonzão de Caetano pela sobriedade masculina às ruas? Assuma seu lado miss de borracheiro! É o que ladram os oráculos.
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