quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

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Foi só andando naquela calçada e revendo tudo sem espanto que me dei conta do aniversário tão próximo. Voltei, então, às cartas antigas e descobri que lhe escrevi assim...

Você veio do nada e foi exatamente lá que nos encontramos. Havia diante de nós a porta, a rua. Chovia a cântaros. Era preciso ter cuidado. A água escorria e podia molhar tudo. Era preciso ter mãos e pés sob controle. Traí-me pelo olhar e nele me entreguei a você. Eu? Quem olhou antes? Quem foi em direção a quem no beijo primeiro? Não, ninguém sorriu pela primeira vez. Sorrimos juntos.

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