quinta-feira, 12 de março de 2009

como ela

Finalmente instalei a tal internet rápida. Pode parecer trivial, mas me parece muita modernidade. Um jeito a mais de desperdiçar o tempo nas noites de insônia.
Ontem não pude dormir. Senti frio, calor, frio. Descobria os pés, cobria a cabeça. Do jeito que ele sempre me disse que eu fazia.
Peguei no livro antes do dormir. E me distraí pensando na última vez em que a vi. No domingo ensolarado, logo depois de passar diante do mar. Os olhos fechados, o rosto magro, irreconhecível quase. A mão franzida de um jeito, o punho cerrado, como se os dedos estivessem todos colados. Tive saudade e medo. Remorso por desejar fugir. E me senti patética por querer chorar. Não podia chorar. Seria ser tão fraca quanto ela.

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