Seria capaz de pagar só para ter companhia no almoço de hoje. Nunca li tanto jornal durante as refeições. E foi assim também no domingo, em minha passagem relâmpago pelo antigo estado da Guanabara. Abandonei o nababesco desjejum do hotel, a vista para o mar de Copacabana, só para passar a manhã entre xícaras naquele café do parque Lage. E lá fiquei, espremida entre as páginas de O Globo _com debates dos presidenciáveis e as querelas políticas de costume_, a entrever pelo canto do olho, a assistir como espectadora acomodada à plateia, ao jeito carioca de ser feliz.
Muitos sorrisos, crianças rosadas em profusão, sol. E eu a me perguntar: como é que essa gente faz para viver nessa cidade? Como é que se chora, como é se sofre no Rio de Janeiro?
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Um comentário:
Acho que é mais triste ser triste com sol.
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