segunda-feira, 26 de setembro de 2011
volta para casa
Havia o caminhão. Parado rente à calçada, tomado de pedaços de tronco, de folhas caídas e restos de mato. Havia barulho. O som da serra cortando. Dos homens que gritam, como a saudar cada galho que tomba. É um medo. Um frio na palma das mãos até saber se a árvore que vai embora é a minha. Existe a vertigem de imaginar a paisagem nua. Tudo tão cru e tão claro. Existe o instante que antecede a perda.
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