Logo agora pela manhã, dentro do ônibus, pensei no iminente e inevitável fim deste correio.
Porque, afinal, é um tanto esquizofrênica essa história de ter um blog. E eu fico tentando dizer tudo de uma forma cifrada, para não parecer ridícula ao extremo... mas creio que só consigo parecer incompreensível e, ainda assim, ridícula.
No início, quando me pus a escrever aqui, só queria um espaço que me criasse uma sensação de obrigação, que me forçasse a escrever _uma impressão aqui, outra ali_ sobre as peças todas que acabo assistindo por dever do ofício.
O fato é que nunca escrevi uma palavra sobre teatro. Tenho uma inaptidão congênita para o elogio... e sei lá se posso sair escrevendo por aí todos os meus vitupérios. E se alguém descobre e me despede? E se algum diretor raivoso escreve para me delatar?
Posso fechar o correio e abrir finalmente a gazeta do horror. Mas, como diria Floriano Peixoto, melhor dormir uma noite sobre os acontecimentos.
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3 comentários:
Por favor, não deixe de escrever. Acaba sendo uma janela pra você e nossas vidas andam tão caóticas que não gostaria de perder esse elo. Sei que é um argumento egoísta. Eu sei. Mas, por favor.
quero ser colaboradora da gazeta do horror.
Sim, Gazeta do Horrooooooooor !
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