Nos extremos, as palavras costumam faltar. Mas sempre há um consolo nas palavras de outrem. Descubro "As Brasas" com alegria, economizando nas páginas para que o livro não termine. Nesses intervalos, sacio a abstinência lendo trechos inteiros em voz alta, como se fossem minha voz.
“Às perguntas mais importantes sempre terminamos respondendo com nossa vida. O que dizemos nesse meio tempo não tem importância, nem os termos e argumentos com que nos defendemos. No final de tudo, é com os fatos de nossa vida que respondemos às indagações que o mundo nos faz com tanta insistência. E que são estas: Quem você é?... O que queria de verdade?... O que sabia de verdade?... A quem ou a quê foi fiel ou infiel?... Com quem ou com quê se mostrou corajoso ou covarde?... São essas as perguntas capitais. E cada responde como pode, com sinceridade ou mentindo; mas isso não tem muita importância. O que importa é que no final cada um responde com a própria vida.”
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2 comentários:
cada um responde como pode é de aquecer o coração...Amém.
(to sempre por aqui)
"cada um responde como pode", a arte existe por isso, também. texto ótimo.
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