quando não sei ao certo como começar o dia pego o livrinho, uma seleta de prosa do Bandeira que fica aqui na mesa, e abro a esmo. Às vezes é só para ler um parágrafo, virar a página e mudar de história. Às vezes é para recorrer a outro livro qualquer. Porque João do Rio, Machado e Rubem Braga também ficam enfileirados ao lado do computador para me socorrer em qualquer emergência.
Mas o início da saga é sempre pelo livro do Bandeira, que é menorzinho, amarelado e com um jeito de que não quer chegar a lugar nenhum. Uns casos à toa, detalhes inúteis, notícias sem serventia, velharias do Rio de anos passados. E assim consigo esquecer de apertar as mãos, de machucar os dedos, e fico só a pensar nos relatos de hemoptises fulminantes, no pátio da igreja em dia de festa de N.S. da Glória do Oiteiro, em um velório perdido no tempo em que se servia vinho do Porto com biscoito Maria.
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