domingo, 7 de junho de 2009
na ilha
a beleza só serve para me arrancar da razoável zona de conforto que pude erguer ao longo dos meses. Tenho vontade de andar, de pegar o casaco longo no meio da madrugada e sair a caminhar sem rumo, para cantar no escuro as mesmas canções, para resgatar os pedaços que perdi. O mar não é simples, a paisagem não é a mesma. Tento esconder o frio no estômago, as mãos nervosas. Tento, em vão e sem trégua, calar os dedos.
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