E para continuar com o Vanzolini, abri a caixa de discos esta manhã. Esqueci do chá. Liguei o chuveiro e quase perco a hora ouvindo tudo embaixo d'água.
Dei com o "Samba Abstrato". Guardei e trouxe comigo para mais um feriado encastelada.
"O tempo e o espaço eu confundo
A linha do mundo é uma reta fechada
Périplo, ciclo
Jornada de luz consumida e reencontrada
Não sei de quem visse o começo
Sequer reconheço
O que é meio, o que é fim
Pra viver no seu tempo
É que eu faço viagens no espaço
De dentro de mim
As conjunções improváveis
De órbitas estáveis
É que eu me mantenho
E venho arimado um verso
Tropeçando universos
Pra achar-te no fim
Nesse tempo cansado de dentro de mim"
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