Cada nova palavra que invento para ajeitar essa sofreguidão me dão a medida de meu fracasso. Não me toque com nenhuma palavra, não me faça lembrar de meus pedaços de saudade, da doçura sem fim que me despertam suas promessas não feitas.
Se a chuva tornar a cair, posso me abandonar por horas diante da janela. Encontrar tristezas antigas, recuperar pedaços velhos das coisas que deixei pelo caminho. Se hoje a chuva voltar, posso perder-me na água que escorre pelo meio-fio até que tudo fique claro e sem nome.
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