sábado, 18 de julho de 2009

por que maratimba?

Como era de costume, os Braga partiram para suas férias anuais em Marataízes. Rubem chegava do Rio, onde estudava direito na Universidade Federal. Aos 17, já escrevia editoriais furiosos, envolvia-se em querelas políticas, e contribuía regularmente com o “Correio do Sul”, jornal que a família fundara em Cachoeiro.
1930. Não era um ano fácil. Não era. Desde que os paulistas romperam com o pacto e indicaram Julio Prestes à presidência da República, o movimento oposicionista se intensificara. A quebra da Bolsa de Nova York em 1929, Getulio marchando em direção ao Rio de Janeiro, a deposição de Washington Luís.
Mas aquele era também um carnaval. “Taí” era a marchinha de sucesso. E Rubem era o melhor nadador da praia do Siri. Só queria falar da preguiça, do sol, das meninas, do vento. Seriam suas notas de verão. E resolveu juntá-las e publicá-las no tal “Correio do Sul” com o nome de “Correio Maratimba”.

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