quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Natal e guaraná

A cor pálida, as nuvens pesadas e o cheiro de umidade que impregnava o ar hoje lhe davam a impressão de reencontrar a cidade, de tê-la exatamente como na imagem primeira, 20 anos antes.
Ali, em sua lembrança mais remota, todas as ruas guardavam aquele mesmo tom acinzentado e a chuva estava sempre prestes a desabar.
Devia ser quase dezembro. Entrou no hospital, mas antes de se acomodar no quarto, lhe concederam um último jantar fora dali. Último desejo.
Era um restaurante simples. Acomodada numa mesa no canto do salão, pediu um guaraná, como de costume, e viu o céu pela janela gradeada.

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