segunda-feira, 20 de outubro de 2008

do caderno

Trazia o poema anotado no caderno. Lembro bem da letra e da cor da tinta da caneta. Era um caderno grande, velho e gasto já na primeira semana de uso, no qual anotava coisas sem importância e contava, sempre com floreios, seus preciosos fatos prosaicos.

"Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não".

2 comentários:

lufec disse...

se vc fosse escritora, de verdade, eu ia ter um livro seu só para deixar na minha minúscula cabeceira.

Eric Klug disse...

Cada vez descubro um novo caderno seu