domingo, 26 de outubro de 2008
banquinho
A falta de jeito, as palavras que não sabia encontrar. E olhava para baixo, sem coragem para lhe mirar os olhos, sem saber se aceitava ou repelia a mão pousada sobre a dela. Pensou em lhe escrever, dizer tudo de outra maneira, mas é como se os fatos tombassem sobre ela. Como se o olhar que ele, fechado em mil camadas sobre si mesmo, lançava sobre as coisas não deixasse nenhum espaço para que tudo fosse diferente
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2 comentários:
Os meus diálogos internos com você são tão melhores do que aquilo que chega ao papel! Neles você me responde e no silêncio - que não pode ser escrito - nos fazemos entender, lado a lado. Talvez tenha sim o barulho do mar. 10 anos atrás ou 10 anos à frente, não sei bem. Nesses diálogos internos as palavras brotam mornas da sua boca, da minha, da dele. E o mar. A areia fica na costura dos livros e tudo bem. E a gente então é absoluto, reis de cada segundo presente, inventando luzes de navios na imensidão à frente, como se encarnássemos faróis ancentrais pra nos dar um sentido.
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